Com as constantes mudanças que veem
acontecendo em nosso país percebemos que alguns pontos precisam ser retomados
para que assim tenhamos a visão atualizada da comunidade em que vivemos.
O conhecimento da importância da comunidade
na sua integra, traz de volta a percepção do que é necessário para voltarmos a
viver com positividade o relacionamento humanitário.
A crescente violência à educação, o descaso
humanitário no relacionamento social nos aponta a direção que estamos tomando
quando paramos de perceber a importância da fraternidade, e com isso a palavra
comunidade vem ficando vazia, sem a importância devida para o quanto é
necessária nos dias de hoje nesse contexto que se apresenta.
Para que a sociedade comunitária venha se
expandir e criar uma nova perspectiva de vida para dias melhores é necessário
que use da imaginação e crie questionamentos interiores com intuito de não se
acomodar diante das dificuldades que hoje encontramos e assim criar novas
possibilidades de viver em comum com o irmão(a).
Ao queremos mudar uma sociedade é preciso
também sermos empreendedores de um convívio mais humano e mais centrado, ao que
tange a questão onde não será mais cada um por si e Deus por todos e sim, um
por todos e todos por um.
A partilha das atividades e eliminação dos
bloqueios que impedem a formação de uma mente coletiva saudável, fará com que
as comunidades tornem-se mais produtivas, e vivam com mais senso de justiça
baseada naquilo que realmente interessa: que é a experiência de vivencia em
comum para uma sociedade unificada.
Apesar de que a atitude comunitária é também
dividida na reação individual, é importante que a comunidade tenha a
consciência de que só haverá verdadeira mudança quando cada um tiver o seu
compromisso pessoal em focar no conhecimento de si mesmo para defender e
assumir o compromisso coletivo.
Viver em comunidade também é uma arte, pois
contribuir com a construção de dias melhores é se disponibilizar primeiro na
construção ou reconstrução de si mesmo.
Na evolução individual sempre encontramos uma
forma de nos propagar e construir um mundo mais fraterno e intenso de amor,
fraternidade e vida familiar. Então na busca por resposta nesse contexto sobre
nós mesmos, somos capazes de construir fora de nós uma sociedade evoluída, onde
a alegria e o amor sejam construídos todos os dias.
Pela forma deturpada que ao longo dos anos
vem sendo divulgada, ensinada e demonstrada, ficamos a margem de algo que muito
nos interessa quanto comunitário que é a política. Afastamo-nos, escondemo-nos
e até negamos que somos políticos pela forma e exposição que se vem dando a
essa ação comunitária. Mas na verdade volto ao começo reafirmo a necessidade de
difundir o conhecimento para que as pessoas tomem consciência que, na vivência
comunitária também se faz um ato politico, pois cada posição que tomamos diante
daquilo que influencia em uma comunidade é uma ação política.
Para que essa questão seja mais reconhecida e
vivenciada é necessário que o indivíduo se torne também um provedor de ideias e
ações no meio em que vive, expondo suas habilidades para não ficar a margem de
um desenvolvimento social que não favorece apenas a terceiros, mas a si mesmo,
pois é compartilhando seus conhecimentos que evolui e torna-se mais efetivo em
uma comunidade sólida e consistente.
Não podemos viver como idiotas, que no grego
arcaico quer dizer aquele que não se envolve, não opina, não participa de uma
comunidade e só vive para si, devemos viver como políticos, envolvidos na comunidade,
buscando soluções para dias melhores, discutindo melhor forma de convivência e
compartilhando o ponto de vista que será sempre visto como uma ideia de
mudança.
Muitas vezes as ideias, pontos de vista, não
são expostas pelo fato do individuo entender que não será ouvido, mas é
necessário quebrar esse paradigma, pois se alguém não ouviu é porque não estava
escutando, mas não quer dizer que a opinião não seja importante, pois sempre em
outra ocasião o assunto volta e a opinião exposta anteriormente é inteiramente
aceita.
O medo de recusa ainda alcança muitos
comunitários, pois vivemos em um momento que estamos sempre com pressa e isso
faz com que queiramos ser aceito, ou nossas ideias aceitas de imediato, então a
paciência que também é uma das virtudes do ser humano, vai se tornando mais
escarça e com isso ficamos menos políticos.
Na verdade o que nos impede de vermos que uma
comunidade pode ser bem sucedida é a inercia de buscarmos prover novas
descobertas, novos pontos de vista e novas possibilidades de convivência.
Todos os dias são de aprendizado, portanto
dentro desse aprendizado diário que deve ser descoberto novos estilos de vida,
não apenas social como também individual, pois o resultado do comportamento
individual é que da forma ao comportamento comunitário.
Como indivíduo politico que somos devemos
sempre expor nossas inquietações e buscar constantemente por respostas claras e
comprometedoras de um envolvimento maior e mais efetivo na comunidade. O
indivíduo que não se inquieta com o meio em que vive, não vive em comunidade,
pois vive para si mesmo, vive uma posição de “idiota”. Viver com
comprometimento e significado é viver a vida em sua plenitude, é viver com
vontade de fazer algo por um mundo melhor.
Os compromissos comunitários não estão
somente ou exclusivamente em uma igreja, visto que viver em comunidade é
comprometer-se em buscar a constante harmonia e consciência coletiva a fim de
prover melhoras para a sociedade.
A humanidade em função de mudanças de
comportamento por conta de alto índice de informações, cuja capacidade do
indivíduo muitas vezes é menor por não seleciona-las, tem se tornado uma
preocupação geral, pois o descontrole torna muitas pessoas com a incapacidade
de absorver tudo e passa então criar válvulas de escape através de violentas
inserções sócias e individuais.
Hoje é necessário ter uma visão mais
humanitária para perceber que não é uma mera consciência, mas uma realidade
muitas vezes despercebida, por isso preocupando-se com essa realidade é que
cada um deve analisar sua postura social e individual e buscar uma melhoria
pessoal.
As comunidades devem cada vez mais buscar
ações que não só visem uma reflexão comunitária, mas uma reflexão individual,
para que não se torne vaga à busca por um mundo melhor. Ações que visam os
anseios reflexivos individuais fazem com que a coletividade seja cada vez mais
atingida dentro de uma perspectiva duradoura e feliz. As paredes dos templos,
salões, casas, já não são suficientes para que seja conseguido o intento de
ajudar, construir, prover conhecimento cujo objetivo é de atingir a pessoa na
sua essência, pois é necessário que se faça uma abordagem diferente e muito
mais abrangente para que de forma clara se consiga ter resultados melhores.
Hoje a inclusão social deve ser cada vez mais
praticada, pois vemos que a sociedade vem tomando outra forma e criando novas
perspectivas de vida em sociedade. As novas famílias formam novas inclusões
tecnológicas, novas formas de pensar baseados em informações de inserção rápida
e diária, redes sociais com transferência de dados a longo alcance...tudo isso
deve ser revisto pelas comunidades pois novos indivíduos estão nascendo em uma
nova sociedade, portanto a comunidade precisa ter uma visão holística e com
isso fazer sim uma interiorização para perceber realmente a realidade nos dias
de hoje. As comunidades precisam começar a criar um pensamento filosófico e
questionar o comportamento das pessoas que hora vivem uma mudança e com isso
perdem a referencia entre a religião e a religiosidade deixando de lado alguns
valores e algumas crenças.
A grande quantidade de pessoas que hoje mudando
de igreja e de religião nos remete a algumas perguntas importantes: o que leva
as pessoas mudarem de credo? O que as elas esperam da nova religião?
Coach
Mario Santos