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Fonte da Imagem: Site O Imperial |
Segundo Hugo Mota o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma unidade de medida utilizada para aferir o grau de desenvolvimento de uma determinada sociedade nos quesitos de educação, saúde e renda.
A utilização de um indicador que envolvesse outras variáveis que não somente a questão econômica ocorreu pela primeira vez em 1990 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Esse indicador foi criado pelo paquistanês Mahbub Ul Haq e pelo indiano Amartya Sem.Essa
variável é utilizada como referência para mensurar a resposta de determinado país
frente a demanda de educação saúde e renda.
Levando
em conta esses três principais indicadores, Bruno André Blume (Bacharel em Relações
Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca que quanto
a Educação as duas taxas são usadas para medir a qualidade da educação de um
país. O primeiro é a média de anos de educação de adultos (pessoas com mais de
25 anos de idade). O segundo é a expectativa de anos de estudo para crianças.
Em
se tratando a longevidade ele diz que a expectativa de vida ao nascer é
utilizada para medir a longevidade da população de um país. Esse número leva em
conta todas as mortes precoces que ocorrem no país para chegar a uma
expectativa de quantos anos viverá um recém-nascido. Ou seja, tem relação com
fatores como as condições de saúde, a taxa de mortalidade infantil e a
violência nacionais.
Enquanto
a Renda que é o terceiro componente do IDH é determinado pela renda per capita
nacional. Para chegar à renda per capita, você deve dividir todo a renda
nacional pelo número de habitantes de um país. Para evitar distorções na
análise, a renda per capita é medida em dólar, considerando ainda a paridade do
poder de compra (um método que revela quanto a moeda local é capaz de comprar
no âmbito internacional, desconsiderando o custo de vida local).
Para
Rafaela Sousa do Mundo Educação a Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida
que permite comparar a qualidade de vida entre os países, levando em
consideração não só aspectos econômicos, mas também sociais, visto que não é
apenas o parâmetro de riqueza que indica o desenvolvimento de uma nação.
Ela
fala também que o resultado do IDH não é só um número, mas também uma
possibilidade de analisar as possíveis deficiências em alguns setores, como a
saúde e a educação. Sendo assim, é uma forma de o governo concentrar medidas
para melhoria dessas áreas a fim de atingir melhores índices socioeconômicos.
Já
o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) destaca que existem Indicadores
complementares de desenvolvimento humano (IDH – IDHAD, IPM e IDG) e destaco
três deles que me chamaram atenção:
Índice
de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD)
O
IDH é uma medida média das conquistas de desenvolvimento humano básico em um
país. Como todas as médias, o IDH mascara a desigualdade na distribuição do
desenvolvimento humano entre a população no nível de país. O IDH 2010
introduziu o IDH Ajustado à Desigualdade (IDHAD), que leva em consideração a
desigualdade em todas as três dimensões do IDH “descontando” o valor médio de
cada dimensão de acordo com seu nível de desigualdade.
Com
a introdução do IDHAD, o IDH tradicional pode ser visto como um índice de desenvolvimento
humano “potencial” e o IDHAD como um índice do desenvolvimento humano “real”. A
“perda” no desenvolvimento humano potencial devido à desigualdade é dada pela
diferença entre o IDH e o IDHAD e pode ser expressa por um percentual.
Índice
de Desigualdade de Gênero (IDG)
O
Índice de Desigualdade de Gênero (IDG) reflete desigualdades com base no gênero
em três dimensões – saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica. A saúde
reprodutiva é medida pelas taxas de mortalidade materna e de fertilidade entre
as adolescentes; a autonomia é medida pela proporção de assentos parlamentares
ocupados por cada gênero e a obtenção de educação secundária ou superior por
cada gênero; e a atividade econômica é medida pela taxa de participação no
mercado de trabalho para cada gênero.
O
IDG substitui os anteriores Índice de Desenvolvimento relacionado ao Gênero e
Índice de Autonomia de Gênero. Ele mostra a perda no desenvolvimento humano
devido à desigualdade entre as conquistas femininas e masculinas nas três dimensões
do IDG.
Índice
de Pobreza Multidimensional (IPM)
O
IDH 2010 introduziu o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), que identifica
privações múltiplas em educação, saúde e padrão de vida nos mesmos domicílios.
As dimensões de educação e saúde se baseiam em dois indicadores cada, enquanto
a dimensão do padrão de vida se baseia em seis indicadores. Todos os
indicadores necessários para elaborar o IPM para um domicílio são obtidos pela
mesma pesquisa domiciliar.
Os
indicadores são ponderados e os níveis de privação são computados para cada
domicílio na pesquisa. Um corte de 33,3%, que equivale a um terço dos
indicadores ponderados, é usado para distinguir entre os pobres e os não
pobres. Se o nível de privação domiciliar for 33,3% ou maior, esse domicílio (e
todos nele) é multidimensionalmente pobre. Os domicílios com um nível de
privação maior que ou igual a 20%, mas menor que 33,3%, são vulneráveis ou
estão em risco de se tornarem multidimensionalmente pobres.
O
IPM é um indicador complementar de acompanhamento do desenvolvimento humano e
tem como objetivo acompanhar a pobreza que vai além da pobreza de renda, medida
pelo percentual da população que vive abaixo de PPP US$1,25 por dia. Ela mostra
que a pobreza de renda relata apenas uma parte da história.
Em
seu relatório de 2020 p PNUD destaca que o Brasil caiu cinco posições no
ranking, em relação ao ano anterior, ficando em 84º lugar entre 189 países.
Nesse
relatório chamo atenção para o Amazonas e pandemia onde a economista Betina
Ferraz, do PNUD, fez a relação entre o impacto da pandemia e as regiões mais
vulneráveis socialmente. No Amazonas, fortemente atingido pelo novo
coronavírus, 35% da população vivem em aglomerações, e 68% não têm acesso a saneamento.
“A
pandemia provocará uma crise no desenvolvimento humano sem precedentes. Os
impactos dela ameaçam o progresso humano pela primeira vez desde que começou a
ser medido, há 30 anos”, alertou Betina.
Portanto
nessa publicação destaco várias pessoas e entidades que se preocupam com o
Desenvolvimento Humano, porém acredito que essa busca constante pela educação é
de responsabilidade de cada individuo que colabora com a ampliação da educação
no Brasil, buscando expandir os seus conhecimentos, por isso entendo que o
Desenvolvimento Integral Humano busca, primeiramente, mostrar que ao interagimos
temos a oportunidade de ensinar e aprender tornando uma sociedade mais igualitária,
melhorando o seu Índice de Desenvolvimento Humano.
Adm Mario Santos
Referências
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-idh.htm
https://www.politize.com.br/idh-o-que-e/
https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/conceitos/o-que-e-o-idh.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-que-indice-desenvolvimento-humano-idh.htm